
Diante de tamanha tempestade, muitos se acovardaram. Escondidos embaixo de suas capas de chuva, de seus carros com ar condicionado, de toldos cuja cor desbotava pela ação do sol e da fumaça, rezavam para que passasse logo. Tão logo as ondas se revoltaram e invadiram o continente aterrado, alguns, num claro acesso de egocentrismo, gritaram tratar-se do fim do mundo. Outros, os mais práticos, se limitaram a correr dalí.
Tinha sido só uma tempestade. E no dia seguinte o estrago foi limpado por garis sorridentes e comerciantes enfadonhos. Cada um cuidando o seu proprio umbigo; todos iluminados por um filete do sol mais bonito: aquele que ilumina o dia molhado depois da tempestade.
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