Um poema bobo (ou um suspiro longo)
As folhas caíram e o inverno, apressado, chegou tropical. Molhou quem viu pela frente, com um cinza desinteressado, e seguiu adiante sem sequer olhar para trás. Sempre apressado, chegou temperado ao lugar mais quente do planeta, que o sublimaria em lágrimas de todas as cores - reais e imaginárias.
E, assim, a menina chorou. Os amores de ontem, os amores que vêm. Dourados raios de sol iluminar-lhe-iam o rosto quando, em agosto, fosse a hora do verão lhe despertar do seu sono orvalhado.
Suaves carinhos calientes em raios lamberiam seu rosto. No pescoço, um beijo ardente faria suar sua pele sutil. E o perfume que brota, quando ela acorda, já preenchido o mundo, não nos permite mais uma noite sequer sem sonhar.
Ai de mim!